Igreja Presbiteriana do Brasil - Peixoto de Azevedo/MT

sábado, 17 de maio de 2008

A PERSEVERANÇA E OS PECADOS DOS CRENTES

Os verdadeiros crentes salvos em Cristo Jesus são chamados para viver a graça de Deus livres da escravidão do pecado. Mas, a doutrina da Perseverança dos Santos também reconhece que aos convertidos lhes seja possível ainda cair em pecados. E sobretudo é possível que sejam pecados graves, e que neles permaneçam por algum tempo, sem perder a sua salvação. Todavia, os verdadeiros crentes são trazidos de volta à sensatez espiritual, através de um genuíno arrependimento produzido pelo Espírito Santo (2 Co 7:8-10). Não afirmamos que ao salvo lhe seja permitido pecar à vontade. Segurança não significa libertinagem, senão estabilidade e gratidão. Aqueles que acusam esta doutrina de permissão para o pecado, simplesmente demonstram ignorância do assunto. A perseverança é em santidade, pela graça, livres do pecado. A salvação nunca é simplesmente a salvação da culpa do pecado, mas também do poder do pecado. [1] É impossível que alguém seja salvo da culpa do pecado sem sê-lo do poder do pecado.

A Palavra de Deus não nos promete em nenhum lugar que depois de regenerados não pecaremos mais. A Bíblia nos exorta enfaticamente à não pecar, todavia, se viermos a pecar podemos confiar no gracioso perdão do Pai (1 Jo 1:8-10). É esta a confiança que o apóstolo João se refere quando fala “meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 Jo 2:1, NVI). J.I. Packer declara que:

às vezes, os regenerados apostatam e caem em grave pecado. Mas nisto eles agem fora de seu caráter, violentam sua própria nova natureza e fazem-se profundamente miseráveis, até que finalmente buscam e encontram sua restauração à vida de retidão. Ao rever sua falta, ela lhes parece ter sido loucura. [2]

O pecado na vida do regenerado não pode ser causa de perdição. Lutero disse que o cristão é simul justus et peccator , ou seja, é declarado justo, mas ainda é reconhecido como pecador. A salvação em Cristo Jesus compreende o sermos declarados justos e recebidos como santos diante de Deus, pelos méritos de Cristo aplicados em nós, pelo Espírito Santo. Logo, não há mais condenação (Rm 8:1), nem escravidão do pecado, mas paz e segurança em Cristo (Rm 5:1-5), e conseqüentemente o verdadeiro crente não pode perder sua salvação.

O pecado cometido pelo crente não é menos grave do que o pecado praticado pelo ímpio. Todavia, o crente é tratado de um modo diferente do ímpio, em sua punição. Um verdadeiro crente possui a confiança produzida pelo próprio Espírito de Deus, que Ele “não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo a nossa iniqüidade” (Sl 105:10, ARA). Eles estão vivendo sustentados pela graça, e não são tratados segundo as suas obras. Mas, Ele nos trata como filhos (Hb 12:7). Logo, para os que estão salvos em Cristo Jesus, a morte deixa de ser “o salário do pecado”, pois já receberam o “dom gratuito de Deus que é a vida eterna” (Rm 6:23, ARA).

Quando os verdadeiros crentes caem em pecado, mesmo pecados graves e escandalosos, eles não são abandonados por Deus. Deus nunca desiste deles (Rm 8:31-39). Como um Pai restaura os seus filhos, os disciplina “porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos” (Hb 12:6, ARA). O apóstolo Paulo afirma esta mesma verdade dizendo que “quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo” (1 Co 11:32). É possível cair em pecado, mas é impossível cair da graça de Deus.

“Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14, NVI).

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Com união no lar, Celebramos Deus,que é amor

“O Senhor tem-se lembrado de nós, abençoar-nos-á..” (Salmos 115.12)



O povo de Israel tinha uma razão muito forte para afirmar a sua convicção no fato de que Deus se lembrava dele. Bastava fazer uma breve retrospectiva, olhar para trás e ver a ação de Deus na história de Israel.

Israel podia se lembrar de como Deus agira de forma decisiva na libertação do povo no Egito, da travessia do Mar Vermelho, da companhia de Deus no deserto, da provisão que Deus enviou através do maná, da travessia do Jordão, da conquista de Jericó e, enfim, da companhia e da ajuda constantes de Deus.

Sim, Deus não só apenas se lembrara, mas se preocupara com cada necessidade do povo, provendo a sua satisfação.

Em nossas famílias, assim como em nossa igreja, podemos olhar para trás e ver a ação de Deus no curso da história. Deus tem estado sempre presente, preocupa-se conosco e está pronto para nos ajudar, porque seu amor por nós é infinito.

O salmista afirma “O Senhor tem-se lembrado de nós, abençoar-nos-á..”. Lembrar o que Deus fez por nós no passado nos leva a olhar o presente e o futuro com confiança, certos de que Ele continuará operando maravilhas em nossas vidas, famílias e igreja. Amém.

CAPACITADOS PARA AMAR OS FILHOS.

Capacitados para amar os filhos IV
"Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na tua língua" (Pv. 31.26)

Este versículo, de forma tão simples, orienta a nós pais, de que maneira devemos ensinar nossos filhos. E nos faz lembrar de uma estorinha com três desfechos diferentes, contada por John M. Descher no livro Sete Necessidades Básicas da Criança, que resumidamente é assim:

1. Tomei uma criança pela mão para levá-la em um caminho até encontrar seu pai. Esta tarefa me amedrontou, isto era um encargo pesado demais. Falei então sobre a severidade do pai caso ela o desagradasse, mostrei a natureza no caminho e disse que seu pai era tão poderoso que havia mandado plantar cada árvore e poderia mandar destruí-la em um minuto. No final da tarde encontramos seu pai e a criança, com medo, escondeu-se dele.

2. Tomei uma criança pela mão para levá-la em um caminho até encontrar seu pai. Senti-me sufocada com tanta responsabilidade. Tanto eu tinha que falar para a criança sobre seu pai, não permitia que ela perdesse tempo olhando qualquer coisa no caminho, apenas me ouvisse. Se por acaso ela dormisse, eu logo a despertava porque ainda faltavam muitas coisas para lhe contar. Em fim consegui contar tudo que eu sabia sem deixar que ela refletisse sobre o que eu falava. No fim da tarde encontramos o seu pai, ela apenas o olhou de relance e adormeceu exausta.

3. Tomei uma criança pela mão para levá-la em um caminho até encontrar seu pai. Meu coração estava cheio de gratidão por esta tarefa. No caminho conversamos tanto, pude mostrar a natureza e ao pé de uma árvore, sentindo o frescor da brisa batendo em nossos rostos, pudemos falar de seu pai. No fim da tarde encontramos o seu pai, os olhos da criança brilhavam de alegria, e, eles de mãos dadas seguiram o caminho.

Deus nos abençoe, capacitando-nos a levar os nossos filhos ao Pai.