CAMINHADA COM DEUS

Hoje cedo, enquanto fazia minha caminhada rotineira, na mente fui traçando um paralelo entre esse meu exercício diário e a própria caminhada da vida. Chegando em casa “concebi” o seguinte texto: É ainda escuro. Saio para minha caminhada matinal, só consigo distinguir o contorno da mata, das roças, das cercas... Ou perceber vultos que, de quando em quando, se aproximam e somem apressados, meio assustados... Meus passos às vezes vacilam, pois quase não vejo onde piso. Sigo em frente. Aos poucos, o sol vai aparecendo no horizonte. E os contornos vão se tornando mais nítidos. Posso distinguir as arvores, as cercas, o capim... E os vultos vão deixando de ser vulto. À medida que a luz do sol brilha, vejo rostos! Gente caminhado rumo ao trabalho ou à escola. Nos cumprimentamos alegres! Enquanto caminho, percebo que assim é a nossa vida. No início, tudo parece incerto... Um tanto nebuloso. Mas, à medida que o Sol da justiça vai fazendo brilhar Sua luz em nós, tudo passa a ser claro, nítido, muito nítido! Continuo a caminhada. O sol me aquece, e me faz perceber a beleza de tudo! A estrada tem suas voltas, suas pedras, poças de lama, subidas e descidas... Mas, como o sol brilha , consigo prosseguir. À medida que o tempo passa, transpiro. Sinto cansadas as pernas. Mas não posso parar. A última etapa é a mais difícil! (bem disse uma senhora que visitei faz pouco tempo num lar para idosos: “temos que estar preparado para a fase mais difícil da vida!”). Sim, porque a última etapa é uma ladeira íngreme. Minhas pernas, de tanto caminhar, já estão cansadas. Quase trôpegas... Olho para a ladeira e me pergunto se irei conseguir. Nesse momento, lembro-me do que me espera: lá no alto há uma casa – a casa paterna! Será difícil galgar a ladeira, mas será tão prazeroso chegar em casa!... A esperança de sentar-me à roda da mesa com os queridos, em casa, me dá ânimo para perseverar!