Igreja Presbiteriana do Brasil - Peixoto de Azevedo/MT

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

MALDITO O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM (Jr. 17.1-10)

MALDITO O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM (Jr. 17.1-10)

O verso 5 do texto básico é muito utilizado no meio cristão, com muitas interpretações. Várias pessoas dizem: “Não confie em fulano, pois maldito é o homem que confia no homem”. Outras dizem: “não confiem no homem para a sua salvação.” Mas qual deve ser a interpretação deste verso? Sabemos que Deus criou o homem para viver em sociedade e que as relações humanas são pautadas em confiança. Não há como o homem viver sobre a face da terra sem confiar em seus semelhantes. Mas devemos confiar em todas as pessoas? Sabemos que existem homens que roubam, enganam, furtam, matam, difamam, mentem, defraudam e etc. No entanto, toda e qualquer relação que se estabelece é com base na confiança mútua. Um bom casamento tem as suas bases na confiança. Este é um exemplo clássico.

Existem inúmeros tipos de relações: Marido e esposa, pai e filho, empregado e empregador, estado e cidadãos, etc. Por mais que se tenham falhas nas relações, elas se pautam na confiança.



Contudo, em toda e qualquer relação precisamos estabelecer critérios para escolher as pessoas nas quais iremos “confiar”. É preciso buscar informações seguras sobre origem, cultura, costumes, temperamento, sobre a história das pessoas. O que não é difícil de fazer, mas que requer dedicação no fazê-lo.

Diante desta realidade o que Deus está dizendo por intermédio do profeta Jeremias? Ele recomendou que ficássemos desconfiados do nosso próximo? Não! Esta confiança descrita neste contexto tem uma outra conotação. Uma outra intenção. Diz respeito a ter esperança e descanso naquilo que é humano e não divino. O reclame do Senhor é contra aquele que confia em si mesmo; maldito é o homem que confia em suas próprias forças e aparta-se do Senhor. Esta verdade torna-se evidente quando Deus diz: “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor” (v. 7). Este versículo não está desencorajando a confiança mútua, antes alerta o homem quanto ao confiar em si mesmo. Deus usou Jeremias para alertar o povo, isto porque eles haviam se esquecido de Deus; Deus proveu e deu garantias ao povo de Israel para que houvesse uma relação de confiança entre Deus e o povo.

E o que se verifica? Que o povo quebrou a relação estabelecida por Deus; que o povo passou a confiar em suas próprias forças e acordos com outros povos, deixando o Senhor de lado. Então Deus afirma: “Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (v. 9). Deus demonstra que Ele conhece o coração do homem, e por isso assevera: “Maldito o homem que confia em seu próprio coração, em seus próprios planos, pois está seguindo um coração enganoso e corrupto”.

Esta verdade se aplica em todas as esferas de nossa vida. Em todas as nossas relações e ocupações. E de forma especial no que se refere à salvação, tanto nossa quanto daquelas pessoas que ouviram ou ouvirão da nossa boca as palavras da BOA NOVA. Que o Senhor tenha misericórdia de nós!

Nenhum comentário: